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 A História de Warcraft Cap.2

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Yukina
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MensagemAssunto: A História de Warcraft Cap.2   A História de Warcraft Cap.2 Icon_minitimeTer Dez 06, 2011 1:35 pm

Capítulo II: O Novo Mundo

A Fundação de Quel'thalas

6.800 anos antes de Warcraft I
Os elfos superiores, liderados por Dath'Remar, deixaram Kalimdor para trás e enfrentaram as tempestades da Voragem. Em seus navios, eles vagaram pelos destroços do mundo durante muitos anos, descobrindo mistérios e reinos perdidos em sua jornada. Dath'Remar, que havia tomado para si o nome de Andassol (ou "aquele que anda durante o dia"), buscava lugares de poder considerável, sobre os quais os elfos poderiam construir seu novo lar.
Seus navios aportaram, enfim, nas praias do reino que mais tarde seria chamado pelos homens de Lordaeron. Os elfos adentraram o continente e montaram um acampamento nas tranquilas Clareiras de Tirisfal. Depois de alguns anos, muitos deles começaram a enlouquecer. Cogitou-se que algo maligno repousava sob aquela porção de terra, mas tais rumores nunca foram confirmados. Os elfos superiores desmontaram o acampamento e partiram para o norte, em direção a outra região rica em energias meridianas.
À medida que os elfos cruzavam as rudes e montanhosas terras de Lordaeron, sua jornada se tornava mais e mais perigosa. Como não recebiam mais as energias vivificantes da Nascente da Eternidade, muitos adoeceram por causa do clima frio ou morreram de fome. A mudança mais desconcertante, porém, era o fato de haverem perdido sua imortalidade, sua imunidade aos elementos. Eles também perderam um pouco de estatura e o tom violeta da pele. Apesar das dificuldades, os elfos se depararam com muitas criaturas maravilhosas que nunca haviam visto em Kalimdor. E conheceram tribos de humanos primitivos que caçavam nas florestas ancestrais. Porém, de todos os encontros, o mais ameaçador foi com os vorazes e ardilosos trolls da floresta de Zul'Aman.
Sua pele era coberta de musgos e eles eram capazes de regenerar membros perdidos e curar feridas graves, mas se mostraram uma raça barbárica e maligna. O império Amani se estendia sobre grande parte do norte de Lordaeron, e os trolls lutavam com selvageria para manter forasteiros indesejados longe de seu território. Os elfos desenvolveram um ódio profundo pelos trolls perversos, e matavam todos que cruzavam seu caminho.
Após longos anos, os elfos superiores finalmente encontraram uma porção de terra que lhes lembrava Kalimdor. Nas profundezas das florestas ao norte do continente, eles fundaram o reino de Quel'thalas e juraram criar um império poderoso, um verdadeiro gigante que lançaria sombra sobre o reino de seus primos Kaldorei. Para seu pesar, eles logo descobriram que Quel'thalas fora fundada sobre uma antiga cidade trólica considerada sagrada por aquele povo infame. Os trolls vieram maciçamente, quase de imediato, com suas lanças contra os elfos.
Mas os elfos, obstinados, se recusaram a abrir mão de suas novas terras. Eles usaram magias que haviam obtido da Nascente da Eternidade e rechaçaram os selvagens trolls. Sob a liderança de Dath'Remar, eles derrotaram as hostes dos amanis, nas quais havia dez trolls para cada elfo. Alguns elfos, preocupados com as advertências dos Kaldorei, acharam que o uso de magia poderia de fato acabar chamando a atenção da Legião Ardente. Eles decidiram, então, ocultar suas terras, e ergueram uma barreira protetora que lhes permitiria continuar com seus encantamentos. Eles construíram uma série de Pedras Rúnicas monolíticas em vários pontos em volta de Quel'thalas, marcando o limite da barreira mágica. As Pedras Rúnicas não só ocultavam a magia dos elfos de ameaças extradimensionais, mas também assustavam as supersticiosas hostes trólicas.
Com o passar do tempo, Quel'thalas se tornou um monumento ao empenho e à perícia mágica dos elfos superiores. Seus palácios elegantes eram construídos no mesmo estilo arquitetônico dos antigos salões de Kalimdor, mas se integravam perfeitamente à topografia natural da região. Quel'thalas se tornou a joia rara que os elfos havia muito almejavam lapidar. A Assembleia de Luaprata foi fundada para governar Quel'thalas, embora a dinastia Andassol mantivesse ainda um poder político módico. Composta dos sete maiores senhores élficos, a Assembleia mantinha a segurança do povo e das terras. Cercados pela barreira protetora, os elfos superiores permaneceram indiferentes às advertências dos Kaldorei e continuaram a usar a magia em quase todos os aspectos de suas vidas.
Por cerca de quatro mil anos, os elfos superiores viveram em paz na reclusão de seu reino. Todavia, os trolls vingativos não seriam tão facilmente derrotados. Nas profundezas das florestas eles planejavam, arquitetavam, esperavam suas hostes crescerem. Por fim, um imenso exército de trolls marchou das florestas sombrias e uma vez mais eles cercaram os pináculos iluminados de Quel'thalas.

Arathor e a Guerra dos Trolls

2.800 anos antes de Warcraft I
Enquanto os elfos superiores lutavam por suas vidas, enfrentando a feroz investida dos trolls, os humanos nomádicos, espalhados por Lordaeron, lutavam para consolidar suas tribos. As primeiras tribos humanas desconheciam a honra e, sem nenhum interesse em qualquer tipo de unificação racial, viviam a guerrear entre si. A tribo Arathi, contudo, percebera que os trolls se tornavam uma ameaça grande demais para ser ignorada. Os Arathi desejavam unificar todas as tribos humanas e formar uma frente para enfrentar as hostes trólicas.
No decorrer de seis anos, os perspicazes Arathi venceram e sobrepujaram todas as tribos rivais. A cada vitória, os Arathi ofereciam paz e igualdade ao povo conquistado e, assim, garantiam a lealdade daqueles que haviam derrotado. Por fim, a tribo Arathi conseguiu unir várias tribos dispersas, expandindo as fileiras de seu exército. Confiantes de que fariam frente às hostes trólicas e até mesmo aos elfos reclusos, se fosse necessário, os senhores da guerra dos Arathi decidiram construir uma cidade fortaleza na região sul de Lordaeron. A cidade-estado, batizada Strom, se tornou a capital na nação Arathi, Arathor. Conforme Arathor prosperava, os humanos de todas as partes do continente viajavam para o sul, buscando a proteção e segurança de Strom.
Unidas sob o mesmo estandarte, as tribos desenvolveram uma cultura forte e otimista. Thoradin, o rei de Arathor, sabia que os elfos misteriosos das terras do norte estavam sob cerco constante dos trolls, mas se recusava a arriscar a segurança de seu povo em defesa de um povo estranho e recluso. Já muitos meses se haviam passado em que os rumores da derrota dos elfos circulavam pelo sul do continente. Foi apenas então, quando Strom recebeu a visita de extenuados embaixadores de Quel'thalas, que Thoradin percebeu qual era o verdadeiro tamanho da ameaça dos trolls.
Os elfos informaram Thoradin de que os exércitos trólicos eram vastos e que, uma vez que tivessem destruído Quel'thalas, eles passariam a atacar as terras do sul. Os elfos, em desespero e precisando de socorro militar urgente, concordaram em ensinar um grupo seleto de humanos a manipular a magia em troca de uma aliança para enfrentar as hostes trólicas. Thoradin, que desconfiava de toda e qualquer magia, concordou em ajudar os elfos devido a sua própria necessidade. Quase que imediatamente, alguns feiticeiros élficos chegaram a Arathor e começaram a instruir um grupo de humanos nas artes mágicas.
Os elfos perceberam que, embora os humanos fossem abrutalhados por natureza no uso da magia, eles possuíam uma afinidade genuína e notável com ela. A cem homens foi ensinado o básico dos segredos mágicos dos elfos, o estritamente necessário para combater os trolls. Convencidos de que seus discípulos humanos estavam prontos para ajudar na luta, os elfos deixaram Strom e partiram para o norte junto aos poderosos exércitos do Rei Thoradin.
Os exércitos de homens e elfos bateram-se contra as maciças hostes trólicas aos pés das Montanhas de Alterac. A batalha durou muitos dias, mas o exército de Arathor era infatigável e não cedia um passo aos trolls. Os senhores élficos julgaram que aquele era o momento de abater sua magia sobre o inimigo. Os cem magos humanos e uma multidão de feiticeiros élficos clamaram a fúria dos céus e lançaram os exércitos trólicos às chamas. O fogo elemental impedia os trolls de regenerar suas feridas e queimava seus corpos torturados de dentro para fora.
Quando os exércitos trólicos tentaram fugir, as forças de Thoradin os perseguiram e mataram até o último dos soldados. Os trolls jamais se recuperariam da derrota, e a história jamais veria os trolls se erguerem como uma nação outra vez. Certos de que Quel'thalas fora salva da destruição, os elfos fizeram um pacto de lealdade e amizade com a nação de Arathor e a linhagem de seu rei, Thoradin. Humanos e elfos nutririam relações pacíficas durantes eras por vir.

Os Guardiões de Tirisfal

2.700 anos antes de Warcraft I
Com a ausência de trolls nas terras do norte, os elfos de Quel'thalas se concentraram na reconstrução de seu glorioso lar. Os exércitos vitoriosos de Arathor voltaram para casa, nas terras do sul, em Strom. A sociedade humana de Arathor cresceu e prosperou, mas Thoradin, receoso de que uma extensão exagerada do reino acabasse por fracioná-lo, manteve o centro do império arathoriano em Strom. Após muitos anos de paz e crescimento do comércio, o poderoso Thoradin morreu de velhice, deixando a nova geração de Arathor livre para expandir as fronteiras do império além das terras de Strom.
Os cem magos originais, que haviam aprendido a arte da magia com os elfos, expandiram seu poder e estudaram as disciplinas místicas da conjuração de feitiços a fundo. Escolhidos por sua determinação e nobres espíritos, os cem magos sempre usaram a magia com cuidado e responsabilidade. Contudo, eles passaram seus segredos e poderes a uma geração que não conhecia os rigores da guerra ou a necessidade da autoimposição de limites. Os novos magos começaram a praticar a magia para obter ganho pessoal, e não para cumprir um dever ou por responsabilidade perante seu povo.
Com a expansão do império, os jovens magos se dispersaram pelas terras do sul. Manipulavam seus poderes místicos para proteger seus irmãos das criaturas selvagens, e tornaram possível a construção de novas cidades-estado em áreas inóspitas. Porém, à medida que seu poder crescia, os magos se tornavam mais arrogantes e isolados do resto da sociedade.
A segunda cidade-estado de Arathor, Dalaran, foi fundada ao norte de Strom. Muitos teurgos jovens trocaram as restrições de Strom por Dalaran, onde esperavam ter maior liberdade para usar seus poderes. Os magos usaram suas habilidades para construir as torres encantadas de Dalaran e se debruçaram com satisfação sobre o estudo da magia. Os cidadãos de Dalaran toleravam o comportamento dos magos e construíram uma economia poderosa sob a proteção oferecida pelos usuários de magia. No entanto, quanto mais pessoas praticavam as artes mágicas, mais o tecido da realidade em volta de Dalaran se fragilizava e se rompia.
Os agentes sinistros da Legião Ardente, banidos com a destruição da Nascente da Eternidade, foram atraídos de volta ao mundo pelo uso inconsequente da magia pelos magos de Dalaran. Os demônios eram relativamente fracos e apareceram em número pequenos, mas foi o suficiente para causarem confusão e caos nas ruas de Dalaran. A maioria dos incidentes foram eventos isolados, e os magocratas governantes fizeram o possível para mantê-los ocultos da população. Os magos mais poderosos foram enviados para capturar os fugidios demônios, mas não raro eram sobrepujados pelos agentes solitários da poderosa Legião.
Após alguns meses, o populacho supersticioso começou a suspeitar que seus governantes feiticeiros estavam ocultando algo terrível. Rumores de revolução corriam as ruas de Dalaran e os cidadãos paranoicos questionavam as motivações e práticas dos magos antes por eles admirados. Os magocratas, temendo uma revolta leiga e uma intervenção de Strom, se voltaram para os únicos que entenderiam seu problema: os elfos.
Ao saber das novas de atividades demoníacas em Dalaran, os elfos prontamente enviaram seus mais poderosos feiticeiros para as terras humanas. Os teurgos élficos estudaram as correntes de energia em Dalaran e fizeram relatórios detalhados de todo tipo de atividade demoníaca que encontraram. Eles concluíram que, embora houvesse apenas uns poucos demônios espalhados pelo mundo, a Legião permaneceria uma ameaça enquanto os humanos continuassem a manipular as forças da magia.
A Assembleia de Luaprata, que governava os elfos de Quel'thalas, fez um pacto secreto com os senhores magocratas de Dalaran. Os elfos contaram aos magocratas a antiga história de Kalimdor e da Legião Ardente, que permanecia um perigo para o mundo. Eles informaram os humanos de que, enquanto eles continuassem a usar a magia, teriam de proteger seus cidadãos dos agentes maliciosos da Legião. Os magocratas propuseram que um campeão mortal fosse encarregado de receber seus poderes e lutar a guerra infindável contra a Legião em segredo. Eles enfatizaram que a maioria da humanidade nunca poderia saber sobre os guardiões ou sobre a Legião, por medo de que eles se revoltassem, guiados pelo medo e pela paranoia. Os elfos concordaram e fundaram uma sociedade secreta que zelaria pela seleção do Guardião e que ajudaria a impedir a escalada do caos no mundo.
A sociedade realizava suas reuniões secretas nas sombrias Clareiras de Tirisfal, o primeiro lugar em que os elfos se instalaram em Lordaeron. Eles chamaram a seita secreta de Guardiões de Tirisfal. Os campeões mortais escolhidos para serem Guardiões eram imbuídos de poderes incríveis, tanto de magias élficas, quanto humanas. Embora só houvesse um Guardião por vez, eles detinham um poder tão tremendo que conseguiam lidar sozinhos com os agentes da Legião onde quer que estes fossem encontrados. O poder do guardião era tão grandioso que apenas o Concílio de Tirisfal tinha permissão para escolher os potenciais sucessores do manto da guarda. Sempre que um guardião se tornava velho demais, ou ficava exaurido pela guerra contra o caos, o Concílio escolhia um novo campeão e, sob condições controladas, todo o poder do antigo Guardião era canalizado para o sucessor.
Várias gerações se passaram em que os guardiões defenderam as massas humanas em toda a extensão de Arathor e Quel'thalas da ameaça invisível da Legião Ardente. Arathor cresceu e prosperou, e o uso da magia se espalhou pelo império. Enquanto isso, os Guardiões se mantiveram vigilantes para qualquer sinal de atividade demoníaca.

Altaforja: o Despertar dos Anões

2.500 anos antes de Warcraft I
Nos tempos ancestrais, após os titãs partirem de Azeroth, seus filhos, conhecidos como terranos, continuaram a moldar e proteger os recônditos profundos do mundo. Os terranos eram indiferentes ao mundo da superfície, e seu único interesse era examinar as profundezas sombrias da terra.
Quando o mundo foi danificado pela implosão da Nascente da Eternidade, os terranos foram profundamente afetados. Abalados com a dor da própria terra, eles perderam grande parte de sua identidade e se trancaram no interior de suas câmaras de pedra, onde haviam sido criados. Uldaman, Uldum, Ulduar... eram os nomes das cidades ancestrais dos titãs onde os terranos haviam tomado forma. Enterrados bem fundo sob o mundo, eles permaneceram em paz por cerca de oito mil anos.
Embora não se saiba o que causou seu despertar, os terranos trancados em Uldaman se levantaram de seu sono autoimposto. Eles descobriram que haviam mudado muito durante a hibernação. As peles rochosas haviam amaciado e se tornado lisas, e o poder que tinham sobre as pedras e a terra havia minguado. Eles se haviam tornado criaturas mortais.
Os últimos terranos adotaram o nome de anões e deixaram os salões de Uldaman para se aventurar no mundo desperto. Ainda atraídos pela segurança e pelas maravilhas das profundezas, eles fundaram um vasto reino sob a maior montanha daquelas terras. Eles chamaram suas terras de Khaz Modan, que significa "Montanha de Khaz", em honra ao titã moldador, Khaz'goroth. Os anões construíram uma forja poderosíssima no coração da montanha para servir de altar a seu pai titânico. A cidade que cresceu em torno da forja ficaria conhecida para sempre como Altaforja.
Os anões, fascinados pelo trabalho com pedras e gemas por natureza, começaram a minerar as montanhas das redondezas em busca de riquezas e minerais preciosos. Satisfeitos com o labor subterrâneo, os anões permaneceram isolados dos assuntos de seus vizinhos no mundo da superfície.
Os Sete Reinos

1.200 anos antes de Warcraft I
Strom continuou sendo o eixo principal de Arathor. Porém, depois de Dalaran, outras cidades-estado se ergueram no continente de Lordaeron. Guilnéas, Alterac e Kul Tiraz foram as primeiras, e, embora cada uma tivesse seus próprios costumes e atividades comerciais, todas se atinham à autoridade unificadora de Strom.
Sob a vigília da Ordem de Tirisfal, Dalaran se tornou o centro de aprendizado de todos os magos daquelas terras. Os magocratas que governavam Dalaran fundaram o Kirin Tor, uma ordem especializada, encarregada de catalogar e pesquisar todo tipo de feitiço, artefato e magia conhecido pela humanidade.
Guilnéas e Alterac se tornaram fortes aliadas de Strom e desenvolveram exércitos poderosos que exploraram as terras montanhosas de Khaz Modan. Neste período, os humanos encontraram a raça enânica e viajaram à cidade subterrânea de Altaforja. Os humanos e anões compartilharam muitos segredos sobre a forja de metais e a engenharia, além de haverem descoberto uma paixão em comum pela guerra e pela arte de contar histórias.
A cidade-estado de Kul Tiraz, fundada em uma grande ilha ao sul de Lordaeron, desenvolveu uma economia próspera baseada na pesca e na navegação. Com o tempo, Kul Tiraz formou uma frota de embarcações mercantes que navegavam pelas terras conhecidas em busca de bens exóticos para trocar e vender. Entretanto, mesmo com o florescimento da economia de Arathor, seus elementos mais fortes começavam a se desintegrar.
Os senhores de Strom queriam mover suas propriedades para as férteis terras do norte e deixar as terras áridas do sul. Os herdeiros do rei Thoradin, os últimos descendentes da linhagem dos Arathi, decidiram que Strom não seria abandonada, incorrendo na insatisfação da maior parte da elite, ávida por partir. Os senhores de Strom, buscando a pureza e a iluminação no norte indomado, decidiram deixar sua antiga cidade para trás. Longe, a norte de Dalaran, os senhores de Strom construíram uma nova cidade-estado que chamaram de Lordaeron. O continente inteiro herdaria seu nome. Lordaeron se tornou um ponto de convergência para viajantes religiosos e todos que buscavam segurança e paz interior.
Os descendentes dos Arathi, que permaneceram entre as paredes desgastadas da velha Strom, decidiram viajar para o sul, para além das montanhas rochosas de Khaz Modan. A jornada foi longa, as estações, muitas. Eles se estabeleceram, por fim, na região norte do continente que chamariam de Azeroth. Fundaram em um vale fértil o reino de Ventobravo, que não demorou a se tornar um estado poderoso e autossuficiente.
Os poucos guerreiros que permaneceram em Strom decidiram proteger a cidade ancestral. Strom não era mais o centro do império, mas se tornou uma nova nação chamada Stromgarde. Embora cada uma das cidades-estado prosperasse por conta própria, o império de Arathor se desintegrava. À medida que cada nação desenvolvia seus próprios costumes e crenças, elas se segregavam mais e mais. A visão do rei Thoradin de uma humanidade unida havia finalmente desvanecido.

Aegwynn e a Caça aos Dragões

823 anos antes de Warcraft I
As rivalidades entre as sete nações humanas iam e vinham e, enquanto isso, a linhagem de guardiões mantinha o caos sob vigília constante. Houve muitos guardiões, mas apenas um campeão por vez recebia os poderes mágicos de Tirisfal. Uma das últimas guardiãs daquela era destacou-se como um poderosa guerreira na luta contra as trevas. Aegwynn, uma humana impetuosa, foi aprovada pela Ordem e recebeu o manto dos guardiões. Ela se empenhou na caça e erradicação dos demônios onde quer que eles estivessem. Contudo, ela questionava com frequência a autoridade do Concílio de Tirisfal, quase todo composto de homens. Ela acreditava que os elfos ancestrais e os homens anciãos que presidiam o concílio tinham um pensamento muito rígido e não enxergavam longe o suficiente para encerrar de uma vez por todas o conflito com o caos. Aegwynn, cuja paciência para discussões longas era limitada, desejava provar seu valor a seus iguais e superiores, e, assim, em vários momentos decisivos optou pela bravura ante à sabedoria.
O domínio de Aegwynn sobre o poder cósmico de Tirisfal aumentava e ela veio a descobrir que um grupo de demônios poderosos rondava o continente gelado, Nortúndria. Ela viajou para o norte e seguiu o rastro dos demônios até as montanhas. Lá ela descobriu que os demônios estavam caçando uma das últimas revoadas dragônicas sobreviventes e sugando para si a magia inerente àquelas criaturas. Os poderosos dragões, fugidos do progresso contínuo das sociedades mortais, se viram travando uma batalha mais equilibrada do que esperavam contra a Legião e suas magias negras. Aegwynn confrontou os demônios e, com a ajuda dos nobres dragões, os erradicou. Quando o último demônio foi banido do mundo, uma grande tempestade irrompeu sobre o norte. Um rosto enorme e sombrio irrompeu dos céus sobre Nortúndria. Sargeras, o demônio rei e senhor da Legião Ardente, apareceu diante de Aegwynn, envolto em suas energias demoníacas. Ele informou à jovem guardiã de que o fim de Tirisfal estava próximo e que o mundo logo se curvaria ante a ofensiva da Legião.
A orgulhosa Aegwynn, crendo ser páreo para o deus ameaçador, lançou seus poderes sobre o avatar de Sargeras. Com uma facilidade desconcertante, Aegwynn massacrou o lorde demônio e destruiu sua forma física. Por temer que o espírito de Sargeras permanecesse vivo, Aegwynn selou o corpo arruinado de Sargeras num dos salões ancestrais de Kalimdor, que havia submergido quando a Nascente da Eternidade ruíra. Ela não tinha como saber que estava agindo exatamente de acordo com o plano de Sargeras. Sem perceber o que estava fazendo, Aegwynn selou a sina do mundo mortal, pois Sargeras, ao morrer fisicamente, transferira seu espírito para o corpo enfraquecido da guardiã. Sargeras permaneceria oculto nos recessos sombrios da alma de Aegwynn durante muitos anos sem que ela se desse conta.

A Guerra dos Três Martelos

230 anos antes de Warcraft I
Os anões, durante séculos, viveram em paz na Montanha de Altaforja. Contudo, sua sociedade cresceu além das cidades montanhesas. Embora o alto-rei Modimus Sidermar governasse os anões com justiça e sabedoria, três facções poderosas se ergueram na sociedade enânica.
O clã Barbabronze, liderado pelo Thane Madoran Barbabronze, mantinha laços estreitos com o Alto-rei e se tornou o clã defensor da Montanha de Altaforja. O clã Martelo Feroz, comandado pelo Thane Khardros Martelo Feroz, habitava os vales e rochedos na base da montanha e almejava obter mais poder nos círculos da cidade. A terceira facção, o clã Ferro Negro, era comandada pelo thane-feiticeiro Thaurissan. Os Ferro Negro se escondiam sob a sombra da montanha e tramavam ardis contra seus primos Barbabronze e Martelo Feroz.
As três facções mantinham-se numa situação de paz tênue, mas as tensões entre os clãs despertaram quando o Alto-rei Sidermar morreu de velhice. Os três clãs guerrearam pelo controle de Altaforja. Os brados da guerra civil enânica por muitos anos ecoaram sob a terra. Os Barbabronze, que possuíam o exército mais numeroso, acabaram por banir os Ferro Negro e os Martelo Feroz de sob a montanha.
Khardros e os guerreiros dos Martelo Feroz viajaram para o norte, através dos portões de Dun Algaz, e fundaram seu próprio reino sob o distante pico de Grim Batol. Lá os Martelo Feroz prosperaram e encheram novamente seus cofres de tesouros. Os Ferro Negro, por outro lado, não tiveram a mesma sorte. Humilhados e enfurecidos pela derrota, juraram vingança contra Altaforja. Thaurissan liderou seu povo rumo ao sul, onde fundou uma cidade, à qual deu seu próprio nome, sob as esplendorosas Montanhas Cristarrubra. A prosperidade e o passar dos anos não minguaram o rancor que os Ferro Negro sentiam por seus primos. Thaurissan e sua esposa feiticeira, Modgud, lançaram um ataque duplo a Altaforja e Grim Batol. Os Ferro Negro almejavam reclamar para si toda Khaz Modan.
Os exércitos dos Ferro Negro se embateram contra as fortalezas de seus primos e por muito pouco não tomaram os dois reinos. Nos momentos últimos, Madoran Barbabronze liderou seu clã em uma vitória decisiva sobre Thaurissan e seu exército de feiticeiros. Thaurissan e seus servos voltaram em fuga para a segurança de sua cidade, inadvertidos dos eventos que se passavam em Grim Batol, onde o exército de Modgud não obtivera sorte melhor contra Khardros e os guerreiros dos Martelo Feroz.
Modgud usou seus poderes para inspirar medo no coração dos guerreiros inimigos. Ao comando da feiticeira, sombras se moviam e vultos emergiam das profundezas para perseguir os Martelo Feroz em seus próprios salões. Até que Modgud rompeu, por fim, os portões e investiu contra a fortaleza em si. Os Martelo Feroz lutaram com desespero, e o próprio Khardros se lançou contra a turba para matar a rainha feiticeira. Tendo perdido sua rainha, os Ferro Negro bateram em retirada diante da fúria dos Martelo Feroz. Corriam em direção sul, para a fortaleza de seu rei, mas encontraram em seu caminho os exércitos de Altaforja, que vinham em auxílio de Grim Batol. Esmagados entre os dois exércitos, os poucos fugitivos do Ferro Negro encontraram ali o seu fim.
Unidos, os exércitos de Altaforja e Grim Batol se voltaram para o sul, determinados a destruir Thaurissan e os Ferro Negro de uma vez por todas. Mal começaram a se mover, Thaurissan, enfurecido, conjurou um feitiço cataclísmico, clamando pelos poderes ancestrais adormecidos sob a superfície para evocar um lacaio de poder sobrenatural que o levasse a vitória. Para o terror e tragédia de Thaurissan, a criatura que emergiu era mais terrível que o pior de seus pesadelos.
Ragnaros, o Senhor do Fogo, senhor imortal de todos os elementais de fogo, fora banido pelos titãs quando o mundo ainda era jovem. O chamado de Thaurissan foi a erupção que libertou uma vez mais o Senhor do Fogo. O renascimento apocalíptico de Ragnaros em Azeroth partiu as Montanhas Cristarrubra e criou um vulcão violento bem no centro da devastação. O vulcão, conhecido como a Montanha Rocha Negra, tinha ao norte a Garganta Abrasadora e, ao sul, as Estepes Ardentes. Thaurissan causou, assim, sua própria morte e a escravidão de seus irmãos que haviam sobrevivido à guerra. Eles permanecem, até o dia de hoje, nas profundezas de Rocha Negra.
Ao testemunhar a horrível devastação e o incêndio que se espalhava sobre as montanhas mais ao sul, o rei Madoran e o rei Khardros estacaram seus exércitos e se apressaram em ordenar a meia volta em direção aos seus respectivos reinos, ambos indesejosos de enfrentar a sinistra ira de Ragnaros.
Os Barbabronze regressaram a Altaforja e reconstruíram sua gloriosa cidade. Os Martelo Feroz, igualmente, regressaram a seu lar em Grim Batol. Entretanto, a morte de Modgud maculara a fortaleza montanhosa, tornando-a inabitável. Os Martelo Feroz sentiram seu coração amargar-se da perda de seu amado lar. O rei Barbabronze ofereceu aos Martelo Feroz um lugar para viver nos domínios de Altaforja, mas o clã recusou sem hesitar. Khardros levou seu povo ao norte, em direção a Lordaeron. Eles se estabeleceram nas florestas vicejantes das Terras Agrestes, onde ergueram sua cidade, Ninho da Águia. Lá, se aproximaram da natureza e criaram os laços que ainda têm com os poderosos grifos da região.
Para manter o contato e o comércio com seus primos, os anões de Altaforja construíram dois arcos maciços: a Ponte Thandol, sobre o vão entre Khaz Modan e Lordaeron. Estimulados pelo intercâmbio comercial, os dois reinos enriqueceram. Após o falecimento de Madoran e Khardros, seus filhos encomendaram duas grandes estátuas em honra a seus pais. Os dois gigantes de pedra guardariam a passagem que levava às terras do sul, tornadas vulcânicas com o despertar da presença calcinante de Ragnaros. Ali erguidos, os colossos advertiriam os inimigos dos reinos enânicos de quem eles enfrentavam, e lembrariam o preço pago pelos Ferro Negro por seus crimes.
Os dois reinos mantiveram laços estreitos durante alguns anos, mas os Martelo Feroz haviam mudado muito depois dos horrores que conheceram em Grim Batol. Eles passaram a viver na superfície, em vez de lapidar seu novo reino no âmago da montanha. As diferenças ideológicas entre os dois clãs restantes levaram cada um a seguir seu próprio caminho.

O Último Guardião

45 anos antes de Warcraft I
A guardiã Aegwynn se tornou cada vez mais poderosa, e usou as energias de Tirisfal para estender sua vida. Na tolice de supor que havia derrotado Sargeras de uma vez por todas, ela continuou a salvaguardar o mundo dos lacaios do rei demônio por cerca de novecentos anos. Contudo, chegou o momento em que o Concílio de Tirisfal decretou o fim de seu tempo como guardiã. O Concílio ordenou a Aegwynn que ela voltasse a Dalaran para que eles pudessem escolher um sucessor para receber o poder do Guardião. Mas Aegwynn, que jamais confiara no Concílio, decidiu escolher um sucessor por conta própria.
A orgulhosa guardiã planejava gerar do próprio ventre um filho que herdaria todo o seu poder. Ela faria o possível para impedir que a Ordem de Tirisfal tentasse manipular o próximo guardião como haviam tentado manipular a ela própria. Ela viajou à nação do sul, Azeroth, e lá encontrou o homem perfeito para ser o pai de seu filho: um mago habilidoso chamado Nielas Aran. Nielas Aran era o mago da corte e conselheiro do rei de Azeroth. Aegwynn seduziu o mago e concebeu um filho dele. A afinidade natural entre Nielas e a magia correria no filho, e guiaria os passos trágicos daquela criança no futuro. O poder de Tirisfal também havia sido passado à criança, mas só despertaria quando ela atingisse a maturidade.
Quando chegou a hora, Aegwynn deu à luz um menino em um bosque recluso. Ela o nomeou Medivh, que na língua dos elfos superiores significa "guardião dos segredos". Aegwynn acreditava que o garoto cresceria para se tornar o próximo guardião. Infelizmente, o espírito maligno de Sargeras, que se escondia no interior de Aegwynn, possuíra a criança indefesa ainda no ventre. Ela não fazia ideia de que o mais novo guardião do mundo já estava possuído por seu nêmesis.
Certa de que o garoto era forte e saudável, Aegwynn entregou o jovem Medivh à corte de Azeroth e o deixou lá para ser criado por seu pai mortal e sua gente. Abandonando a civilização, a guardiã se preparou para os reinos desconhecidos que a aguardavam além da vida. Medivh cresceu, um garoto forte que não fazia ideia do poder tirisfaliano que corria em suas veias.
Sargeras era paciente, e esperava o poder do jovem se manifestar. Medivh foi um adolescente popular, fama conquistada pela proeza nas artes da magia. Ele costumava se aventurar com dois amigos: Llane, o príncipe de Azeroth, e Anduin Lothar, um dos últimos da linhagem dos Arathi. Os três garotos se metiam constantemente em confusões por todo o reino, mas eram benquistos pelo povo.
Ao completar quatorze invernos, o poder cósmico de Medivh despertou e colidiu com o espírito pungente de Sargeras, que lhe habitava a alma. Medivh foi tomado por um estado catatônico que perdurou por anos. Ao despertar de seu coma, ele descobriu que se tornara adulto e que seus amigos Llane e Anduin eram os regentes de Azeroth. Embora ele desejasse usar seus recém-adquiridos poderes para proteger a terra que chamava de lar, o espírito sombrio de Sargeras perturbava seus pensamentos e emoções, levando-os a um fim insidioso.
O coração de Medivh enegrecia e nele habitava um Sargeras extasiado, que sabia que os planos para a segunda invasão estavam prestes a se concretizar, e que quem os tornaria possíveis seria ninguém menos que o último guardião do mundo.

Fonte/Creditos... worldofwarcraft.com
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A História de Warcraft Cap.2
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